Startups: como conseguir um investidor anjo

Se quem deseja abrir uma startup costuma esbanjar boas ideias, o mesmo nem sempre é verdadeiro no que diz respeito a capital. É aí que entra o papel do investidor anjo, aquele que tem como objetivo destinar recursos a negócios inovadores e escaláveis.

O investidor anjo é importante para ajudar uma startup promissora a alavancar e ganhar destaque no mercado. Se você tem interesse em receber investimentos dessa modalidade, então acompanhe este artigo com a gente!

Confira o que é investidor anjo, como esse investimento funciona e tudo que você precisa saber para conseguir um. Confira!

O que é investidor anjo?

O investidor anjo é, normalmente, uma pessoa física que investe seus próprios recursos em negócios disruptivos, criativos e com alto potencial de crescimento. Em geral, são empresários, executivos ou profissionais liberais e, mais raramente, pessoas jurídicas.

Além de ajudar com recursos financeiros, o investidor anjo também contribui com conhecimentos de negócio, experiência de mercado e ampla rede de relacionamentos.

Se você já assistiu à série Shark Tank, televisionada pelo Canal Sony no Brasil, sabe muito bem o que estamos falando! Com know-how e capital, os tubarões, como são conhecidos os investidores anjo, buscam empresas e startups para investirem 

Nesse sentido, essas pessoas têm um papel importante em tornar possível a ideia de um projeto, impulsionando um negócio iniciante. Seja na fase de validação ou de crescimento, eles representam uma fonte tanto de capital quanto de conhecimento para as startups.

Além de ajudar o negócio do empreendedor a dar certo, os investidores anjos também agregam valor à empresa, já que são pessoas experientes e com sucesso no ecossistema do empreendedorismo.

Como funciona um investimento anjo?

O funcionamento de um investimento anjo é simples. Em troca dos recursos financeiros aplicados no empreendimento, o investidor recebe ações da startup. Geralmente, o aporte de capital investido gira em torno de 5% a 10%, o que pode representar algo na casa dos R$ 10 mil, R$ 200 mil ou até R$ 1 milhão.

Vale mencionar que, mesmo com a aplicação de capital, o investidor anjo tem participação minoritária no negócio, não tendo, portanto, poder de decisão na gestão da startup. Embora contribua com investimento financeiro, seu papel se mantém mais no campo da mentoria de negócios.

É importante considerar também que o objetivo do investidor anjo é obter retorno em longo prazo. Nesse sentido, ele aposta no crescimento e na maturidade da startup como possibilidade de rentabilidade e de retorno do investimento no futuro.

Geralmente, o investimento anjo é feito por mais de uma pessoa e até mesmo em grupos de 30 investidores, por exemplo. Isso ajuda a amenizar o potencial de risco do investimento e aumenta a possibilidade de dedicação para o alcance de sucesso da startup.

Como conseguir um investidor anjo?

É importante entender que investir em startups nem sempre é algo simples. Considerado um investimento de alto risco, para o investidor anjo — que usa seus próprios recursos — pode ser ainda mais arriscado. É por isso, inclusive, que geralmente esses aportes são parcelas pequenas.

Sendo assim, para conseguir um investimento desse tipo, o projeto da startup passa por uma análise rigorosa. Afinal, o investidor quer ter certeza da viabilidade do negócio.

Nesse sentido, não basta apenas uma boa ideia para conquistar um investidor anjo. O empreendedor precisa provar que seu negócio é viável e escalável. Para isso, é preciso mostrar que existe uma dor no mercado e que a sua startup tem a solução ideal – e realizável – para aquele problema.

Além desses fatores, outros que ajudam na conquista no investidor anjo são:

  • uma boa estrutura;
  • um modelo de negócio bem estabelecido;
  • uma equipe competente e disposta a se dedicar ao negócio;
  • conhecimento profundo do mercado e da área de atuação;
  • uma solução que tenha amplo impacto social.

Além disso, também é importante ter um MVP (Produto Mínimo Viável), para que você teste sua ideia, melhore os pontos necessários e verifique a viabilidade e a aceitação do seu projeto.

Outra dica é divulgar informações sobre os sócios fundadores e suas habilidades. Mostre que, além de conhecimentos técnicos, você é um empreendedor com habilidades como obstinação, resiliência e dedicação.

Tudo isso demonstra que você realmente está levando o negócio a sério e que ele tem chances de dar certo.

E como procurar um investidor para a startup?

Além de saber como atrair um investidor anjo, existem algumas formas que ajudam o empreendedor a encontrar um para a sua startup.

Você pode, por exemplo, participar de workshops, palestras e demais eventos do universo do empreendedorismo. Esse é uma ótima forma não só para adquirir conhecimento, mas para criar network e conhecer investidores anjos.

Outra dica é divulgar sua startup em sites de investidores, como o AngelList e o Anjos do Brasil. Dessa forma, os investidores anjos tomam conhecimento das startups e ficam sabendo daquelas que são mais promissoras.

Além disso, é importante estudar o perfil dos investidores antes de criar uma parceria. Procure pesquisar os investimentos dele, como é a relação com os empreendedores em que ele investiu, a área em que ele tem expertise, a rede de contatos dele etc.

Saber informações como essas ajudará você a entender qual investidor tem mais afinidade com o seu negócio. Isso é fundamental para que a parceria dê certo.

Qual lei prevê o investimento anjo?

Por fim, nunca é demais lembrar que toda empresa precisa estar a par da legislação para operar seus negócios. Em relação ao investimento anjo, existe a Lei Complementar nº 155/2016, que regulamenta esse tipo de aporte de capital, provendo segurança jurídica ao investidor e, com isso, possibilitando o aumento da oferta de capital para as startups.

Dentre suas determinações, a lei estabelece que o investidor anjo não será considerado sócio nem terá participação na gestão da empresa investida. A startup que recebe o investimento também tem a vantagem de não precisar passar pelo desenquadramento do Simples Nacional, nem de computar o investimento como receita tributável.

Por outro lado, o investidor não tem responsabilidade quanto a nenhuma dívida da startup. Outra deliberação é que o capital deve ser investido por um prazo mínimo de dois anos e máximo de sete. Além disso, a lei prevê incentivos fiscais para o investimento anjo, a fim de potencializar a possibilidade de sucesso das startups e, com isso, gerar desenvolvimento para o país.

E agora? Ficou mais claro como conseguir um investidor anjo? Quer fazer sua startup decolar no mercado? Então, continue acompanhando nosso blog e saiba tudo sobre inovação, empreendedorismo e direito das startups!

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