Entenda como funciona o investimento coletivo em startups

Há várias maneiras de crescimento no meio empreendedor e uma delas é o investimento coletivo em startups.

Já vimos anteriormente que uma startup é uma empresa jovem, inovadora e com elevado potencial de crescimento.

Um estudo recente da plataforma SMU Investimentos mostra que os investimentos coletivos captaram R$ 96,5 milhões de janeiro a junho de 2021, evolução superior a 130% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Ao mesmo tempo que a rentabilidade é alta neste modelo de negócio, todavia, investir em startups representa um risco altíssimo. 

Trata-se de um negócio emergente inserido em um mercado recheado de incertezas. E a relação entre risco e retorno não costuma falhar. Se o investidor corre altos riscos, as expectativas de lucro acompanham na mesma proporção.  

Em plataformas de financiamento coletivo, conhecidas como equity crowdfunding, novas empresas abrem campanhas para captar dinheiro e desenvolver seus planos de negócio.

A seguir, você saberá a melhor forma de investimento em tais empresas, entender sobre rodadas de captação e ainda conferir 3 dicas para criar um bom pitch. 

Quais são as formas de investimento coletivo em startups?

Investir de forma coletiva em uma startup é hoje um dos cases mais bem sucedidos no ramo empreendedor

A mesma pesquisa da SMU Investimentos comprova que o retorno da modalidade é de 35% ao ano.

Mais do que nunca, hoje é possível realizar um investimento coletivo em uma startup, seja você um empreendedor com pouco capital ou com aportes milionários.

Como já pontuamos, as startups têm grande potencial de se valorizarem rapidamente, fato que representa alta rentabilidade aos investidores. 

E o que se deve levar em consideração ao analisar qualquer tipo de investimento? 

São 3 fatores:

  1. rentabilidade que o investimento oferece;
  2. segurança — nível de confiança que o modelo de negócio oferece;
  3. liquidez — facilidade que se consegue vender o ativo e transformar em capital de volta ao investidor.

Novamente vale-se da premissa: a relação risco/retorno é diretamente proporcional. Portanto, quanto menos consolidada é uma startup, maior o risco de se investir nela.

Para ajudar especialmente os pequenos empreendedores, a Koboldt destaca alternativas para acelerar a captação de recursos.

  1. Equity Crowdfunding

É uma espécie de “vaquinha” virtual que compra participação em uma empresa, uma forma de investimento de um grupo de pessoas, sem recorrer aos empréstimos tradicionais.

Os sites especializados em equity crowdfunding auxiliam a fazer a ponte entre empreendedores e investidores, verificando o negócio e deixando todo o processo confiável. 

No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio da Instrução Normativa 588, fiscaliza a forma como a intermediação dos investimentos é executada.

Neste modelo, o empreendedor cadastra sua startup em uma plataforma, estipula sua meta de arrecadação e vai em busca de investidores.

Através do crowdfunding, os interessados depositam uma quantia e, em troca, recebem uma participação societária no empreendimento.

Às vezes, a contrapartida até a finalização do projeto pode ocorrer também com:

  • prêmios em arrecadações no estilo crowdfunding;
  • brindes personalizados
  • CDs ou livros do artista que fez uso do crowdfunding para produzir sua obra;
  • ingressos para shows/musicais/peças de teatro executados com pré-financiamento.
  1. FFF (Families, Friends, Fools)

De acordo com esse conceito, a primeira fonte de capital é proveniente de “familiares, amigos e tolos” que pertencem ao ciclo do empreendedor. A captação de recursos através da FFF costuma conceber o MVP (Produto Mínimo Viável) de uma startup.

  1. Investidores-anjo

Pessoas físicas ou jurídicas, geralmente com experiência de mercado, que injetam recursos em projetos com alto potencial de crescimento. O investidor-anjo também costuma participar da gestão da startup. 

  1. Fundos Ventures Capital

Fundos que fazem investimento de risco, mas com grande potencial de retorno. Promovem as chamadas rodadas de investimento.

O que são rodadas de investimento? Quando uma empresa “levanta” capital (fundraising) de maneira a buscar investidores. Assim, a startup apresenta seu negócio, faz o seu pitch e tenta captar seu investimento.

  1. Debêntures

Títulos de dívida de médio a longo prazo (a partir de 2 anos) emitidos por Sociedades Anônimas (S/A) de capital aberto ou fechado. São utilizadas para o financiamento de startups, aumento de capital e para o restabelecimento em relação às dívidas

Entenda mais sobre o equity crowdfunding

A modalidade surgiu como uma alternativa mais prática de investimento, principalmente em pequenas empresas. Assim o investidor injeta seu capital, seja uma captação de R$ 1.000 até operações altíssimas.

A maioria das plataformas disponibiliza investimentos bastante acessíveis, abrindo portas a empreendedores para participarem das rodadas de captação de recursos através do equity crowdfunding no Brasil.

Por isso, o modelo é ideal para quem quer apostar, por exemplo, em uma startup, pois o investidor ingressa na aplicação como espécie de “acionista” do ativo. 

O crescimento do equity crowdfunding no Brasil 

O equity crowdfunding no Brasil chegou em 2014, cinco anos depois do surgimento da modalidade, na Inglaterra. Entretanto só deslanchou a partir de 2017 quando foi criada uma regulamentação aprovada pela CVM

No ano passado, todavia, o volume de investimentos equity crowdfunding no Brasil caiu pela metade, segundo dados da própria CVM.

Os especialistas analisam que a pandemia foi o principal fator para encolher os resultados da modalidade, mas 2021 chegou para alterar o panorama. 

O montante captado pelas startups brasileiras no primeiro semestre já representava 60% se comparado ao mesmo período de 2020. 

Nos próximos anos, com a chegada de novos players e a maior difusão do equity crowdfunding por aqui, a tendência é de crescimento nos marcadores.

Quais são seus benefícios para os investidores?

O financiamento coletivo permite diversificar sua carteira de investimentos e trazer lucro/retorno a partir de ideias e projetos arrojados.

Além disso, o investidor tem contato direto com modelos, produtos e empresas com visão e valores semelhantes.

E quais são os benefícios para as empresas?

Ao abrir caminho para potenciais investidores, as empresas podem divulgar seu modelo de negócio a um raio cada vez mais extenso de pessoas. 

E o melhor, de forma rápida e prática, os pequenos empreendedores podem aplicar valores acessíveis, mas que somam em um grande valor de capital a startup. 

A facilidade de participar das rodadas de equity crowdfunding é fundamental para o sucesso do processo. 

Basta um cadastro na plataforma de investimentos e você recebe a análise da empresa antes de fornecer seu acesso, aumentando, assim, a segurança digital de suas aplicações (contra golpes virtuais). 

Pense: se você é um pequeno investidor e inicia a captação de recursos, obviamente que precisa de divulgação para tornar seu negócio reconhecido, não é mesmo?

Com o equity crowdfunding, é possível criar uma grande base de investidores e cada sócio pode se tornar uma “bandeira” do negócio, fornecendo credibilidade e aumentando seu alcance no mercado. 

3 dicas para criar um bom pitch e atrair mais investidores

Pitch é um discurso de venda que tem a finalidade de conquistar a quem está assistindo. Durante rodadas de investimento, empreendedores “vendem seu peixe” para os interessados em investir no seu negócio. 

O pitch é sempre executado com o objetivo de convencimento. Ora, como conseguir investidores para minha startup?

Seja objetivo

O ideal é não perder muito tempo com introdução ou detalhes que não vão agregar ao resultado. O pitch pode ser falado ou mesmo ilustrado por 3 a 5 slides no PowerPoint. 

Apresentar um pitch para um investidor requer algumas técnicas importantes, pois muitas vezes você terá poucos minutos para cativá-lo. 

Crie uma narração cativante

Mas como atrair investidores em poucos minutos? O pitch deve conter 6 pontos para fisgá-los instantaneamente. 

São eles:

  1. IDENTIFICAÇÃO DA “DOR” / PROBLEMA

Qual o problema que você quer resolver com seu serviço? Aqui não adianta apenas ter uma ideia da “dor” do cliente. Qualquer solução só será adotada quando, após pesquisa de mercado, houver clareza que o serviço conseguirá atingir o objetivo real.

  1. SOLUÇÃO / TAMANHO DO MERCADO

Sua startup pretende resolver um produto de nicho? Seu ativo é nacional ou importado? Você tem clara a segmentação de mercado? Quando citamos mensuração de segmento, não há espaço para achismo. São necessárias informações factíveis, com fontes claras e sem espaço para incoerências. 

Afinal, seu produto/negócio/serviço vai solucionar em cima de um problema real? Se a resposta é SIM, você está no caminho certo.

  1. MODELO DE NEGÓCIO

Como sua empresa vai gerar valor? Um modelo de negócio tem que responder a duas perguntas fundamentais:

  1. Como você opera seu ativo?
  2. Como você gera receita? 
  1. CONCORRÊNCIA

Quem são seus concorrentes diretos e indiretos? Muitas vezes, as empresas apresentam concorrentes não só do próprio segmento, por isso há a necessidade de uma análise mais ampla. Cheque também quem está se destacando em áreas adjacentes à sua.

  1. TIME

Startup é um negócio de pessoas, então é necessário definir quem vai compor a equipe para fazer seu negócio acontecer. Ao contrário do que a maioria pensa, é melhor agregar membros complementares do que similares. 

Resumindo: o objetivo de todas as partes do investimento coletivo é o mesmo, mas o modus operandi pode ser diferente.

Treine

Após concluir a apresentação, simule o cenário na prática. Busque amigos para fazer perguntas de maneira a preencher o maior número de situações durante o pitch.

Muitas vezes pessoas “de fora” são fundamentais para questionar, talvez, um ponto que passou despercebido a você na apresentação. O mais importante é se precaver para não ter imprevistos na hora H. 

Se pretende abrir seu próprio negócio, é essencial conhecer áreas complementares ao empreendedorismo. Neste artigo, a Koboldt te auxilia sobre a importância do direito empresarial para seus objetivos financeiros. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *