Toda empresa que deseja se desenvolver e alçar vôos maiores no mercado precisa encontrar boas alternativas de investimento para suas operações. A principal delas é o venture capital, especialmente para negócios com alto potencial de crescimento, como startups.
Claro que, para conseguir captar recursos nessa modalidade, você precisa entender suas particularidades e determinar se elas estão alinhadas ao perfil da sua companhia. Também faz toda a diferença contar com uma boa assessoria jurídica para implementá-la.
Entendendo a importância desse procedimento para viabilizar o modelo de empresas emergentes, criamos este artigo com os detalhes mais importantes que você precisa saber sobre o assunto.
A seguir, entenda o que é venture capital, suas diferenças para outros tipos de investimentos comuns no estágio inicial dos negócios, como é o formato no mercado financeiro do país e quais os caminhos ideais para aproveitar suas oportunidades.
Um passo para crescer: O que é Venture Capital
Como citamos, o conceito é uma rodada de financiamento em que as aplicações são direcionadas às corporações de pequeno porte ou de médio porte que tenham grande potencial de crescimento.
Sua finalidade é maximizar o seu desenvolvimento, seja para uma venda futura ou abertura de capital na Bolsa de Valores. Inclusive, é nesse momento que ocorre o retorno para os investidores.
Esse formato de crescimento e lucratividade é o mesmo quando tratamos sobre o que é private equity e venture capital para empreendedores.
Quem investe em uma empresa nesse modelo não só aloca recursos financeiros. Na verdade, também há uma grande contribuição de know-how. Ou seja, o empreendedor muitas vezes participa das decisões, indica cargos estratégicos e influencia a gestão interna.
Por conta dessa proximidade, os investidores precisam avaliar se estão dispostos a diluir sua participação acionária e a receber orientações de outros executivos antes de buscar por fundos
Muitas vezes, essa é uma escolha que vale a pena. Afinal, o foco é justamente garantir que o negócio cresça mais rapidamente e maximize sua rentabilidade. Até porque, quando a corporação passa a valer mais, o fundo pode se retirar.
Nesses casos, ocorre o evento de liquidez, também chamado de “exit”. Nele, os cotistas resgatam sua participação com o lucro. Assim, o negócio ganha “vida própria” para manter-se a partir de seus próprios recursos.
Os fundos o em venture capital são regulados no Brasil pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Eles são constituídos como Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes (FMIEE) ou Fundos de Investimento em Participações (FIP).
O mercado de Capital Venture no Brasil
Agora que você já conhece as particularidades desse procedimento, saiba que este mercado está no seu momento de maior liquidez no Brasil. O formato se consolidou de uma vez por todas no país e tende a crescer cada vez mais.
Isso se deve principalmente à maturidade do setor nacional de inovação. Ela impulsiona o surgimento de novas companhias de tecnologia e aumenta a expectativa de consolidação dos unicórnios brasileiros.
Mesmo em momentos de instabilidade econômica, os empreendedores já demonstraram que estão dispostos a aplicar valores elevados. O principal indicador desse movimento foi o recorde de investimentos no ano passado, época de pandemia.
Considerado um marco para o ecossistema de inovação brasileiro, 2021 teve cerca de US$ 9,4 bilhões investidos no setor. Trata-se de um aumento de 166% em relação a 2022. Inclusive, o total ultrapassa a soma dos 3 anos anteriores.
Além do amadurecimento mercadológico, a entrada de players internacionais também contribuiu para a consolidação do venture capital no país. Muitos dos fundos que lideraram os aportes em startups brasileiras são estrangeiros.
O interesse de fundos como:
- Accel;
- Tencent;
- Tiger Global Management;
- QED;
- Ribbit Capital;
- entre outros
já vem crescendo há alguns anos. Entretanto, foi em 2021 que ele ganhou força máxima.
Isso se deve ao fundo Softbank, que anunciou investimentos de US$ 3 bilhões na América Latina. Trata-se de um enorme player, que investe em 15 dos 25 unicórnios do continente. Sua presença aumenta a atração de fundos internacionais, especialmente no Brasil.
Vale ressaltar que, apesar de estar atingindo seu ápice no país, esse sistema não é novo. Na verdade, algumas das maiores empresas do planeta conseguiram crescer graças ao procedimento. Esse é o caso de gigantes como Apple, Microsoft, Google, entre muitas outras.
Qual a diferença de Venture Capital para o investidor anjo e seed venture?
Como já mencionamos, o venture capital proporciona retornos de maneira semelhante a outros formatos comuns de investimentos. Isso muitas vezes gera certa confusão sobre o conceito.
Na maioria dos casos, a modalidade é confundida com o sistema de anjos ou com o seed venture. Inclusive, podemos dizer que esses dois modelos correspondem a diferentes estágios do próprio procedimento. Entenda porque e veja suas diferenças:
Investidor anjo
O investidor anjo é aquele que aloca seu capital em companhias que estão nascendo ou que ainda estão na etapa de ideação. Ele acredita no potencial do negócio e direciona os recursos necessários para acelerar as fases de crescimento da startup.
Normalmente, eles aplicam de R$ 50 mil a R$ 500 mil. Depois que a companhia se consolida, aumenta seu capital social e passa a gerar grandes lucros, eles tentam vender sua parte a investidores maiores.
Seed venture
Já o seed capital é aquele direcionado às organizações que já têm clientes, produtos definidos e certa participação no mercado, mas que precisam de investidores para maximizar seu desenvolvimento e estabelecer sua competitividade.
Trata-se da camada seguinte de aplicações após o anjo. No Brasil, ela geralmente envolve valores de R$ 500 mil a R$ 2 milhões. Uma prática comum é a criação de fundos coletivos, que permitem aportar capital em mais negócios.
Venture capital
Como você já sabe, o venture capital é direcionado às corporações que já apresentam um ótimo potencial. O objetivo é acelerar seu crescimento para garantir uma grande operação de venda, abertura de capital ou fusão para fazer a apuração de haveres no futuro.
Em geral, os investidores brasileiros investem de R$ 2 milhões a R$ 10 milhões na modalidade. Além disso, é muito comum que o termo seja utilizado para se referir a todas as classes de aplicações de risco.
Sua empresa tem perfil para esse modelo?
Após conferir os detalhes mais importantes sobre o procedimento, você deve estar se perguntando sobre o que é necessário para obter financiamentos nessa modalidade e acelerar o crescimento da sua startup.
Em primeiro lugar, tenha em mente que os fundos de venture capital querem investir em negócios com chances muito claras de tração. Ou seja, que já superaram os riscos iniciais e tendem a se tornar grandes sucessos.
Portanto, essa não é uma alternativa para tirar sua ideia do papel. O ideal é começar com recursos próprios e só buscar pela aceleração depois de já ter o seu potencial validado.
Se você acredita que sua empresa tem chances de se destacar e pode recorrer a investidores de venture capital, zele pelos seus interesses e otimize as suas fases de desenvolvimento com o apoio dos melhores especialistas.
Com uma boa assessoria, você conta com toda a expertise que precisa para atender às suas demandas. Esse processo vai desde a formalização da ideia, até a constituição do negócio.
A Koboldt Advogados é referência nessa área e cuida de todos os detalhes para você. Isso também inclui a elaboração dos contratos necessários para a realização dos aportes e todos os instrumentos indispensáveis à adequada operação de investimento.
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