Você já ouviu falar em Cap Table?
No cotidiano das organizações, existem alguns conceitos que podem ser de grande ajuda para evitar gargalos. Por exemplo, imagine o seguinte cenário: um gestor quer dar um passo adiante nos negócios e atrair investidores para a empresa.
Para esse objetivo, o procedimento em questão mostra-se uma excelente alternativa.
Mas o que é um Cap Table, afinal? Como ele funciona no dia a dia da instituição? Como é a burocracia desse processo?
Não se preocupe! Nesse artigo, vamos tirar essas e muitas outras dúvidas sobre o assunto. Siga a leitura!
A definição de Cap Table e seu impacto em startups
Cap table é uma abreviação do termo em inglês “capitalization table” (ou “tabela de capitalização”). Em poucas palavras, é caracterizado como uma tabela que registra participações atuais e futuras de uma companhia. Ou seja, ela é responsável por mostrar a capitalização do patrimônio de uma instituição.
O foco central é deixar os participantes sempre por dentro dos números exatos de seus investimentos na startup. Por manter as informações claras e devidamente registradas, essa visão evita diversos problemas, como brigas por participações, por exemplo.
E apesar de parecer um cálculo simples, o procedimento conta com uma complexidade que deve ser compreendida. Confira a seguir:
A complexidade da Cap Table
Durante os primeiros passos de um negócio, geralmente o Cap Table é dividido entre os sócios fundadores. Entretanto, conforme o tempo vai passando e a empresa evoluindo, esse processo de registro torna-se mais detalhado, contando com a necessidade de:
- Desenvolvimento de novos option pools;
- Criação de rodadas através de instrumentos de conversão;
- Diversas outorgas de opções e controle de vários calendários de vesting simultâneos;
- Saídas de funcionários e gerenciamento de prazos de exercício;
- Diferentes rodadas de investimento com vários termos;
- Templates contratuais diferentes entre si;
- Acúmulo de transações secundárias;
- Regras complexas de diluição entre os conversíveis e as opções.
Esses são somente alguns pontos que mostram a importância desse método ser realizado de maneira consciente.
Aplicando o Cap Table de forma saudável em minha empresa
Mas, colocando em termos práticos, como aplicar o Cap Table no cotidiano da sua companhia? Abaixo, vamos deixar algumas dicas para você!
Defina de forma clara os acionistas x sócios da startup
Esse é um pilar fundamental na hora de aplicar o procedimento em sua startup: você deve definir o papel de todos os acionistas do negócio de maneira clara, registrando os nomes e detalhes das participações na tabela.
A distinção é vital para evitar confusões e mal entendidos sobre a porcentagem de cada participante nas ações.
Tenha o conhecimento sobre conceitos como valuation E quotas
Existem dois termos que devem ser dominados pelo gestor na hora de fazer o Cap Table: valuation e quotas.
O primeiro nada mais é do que a “avaliação da empresa” (origem do termo em inglês). Aqui, temos um conjunto de serviços e métodos que alcançam o valor total da organização e, naturalmente, qual quantia ela pode render para o investidor.
Já o segundo são frações representativas da instituição que cada membro possui. Ressaltamos que, além do percentual representativo, as quotas são caracterizadas por volume e números, fator chave para chegar na quantia nominal real.
Não faça um Cap Table de forma diluída
Uma outra dica de ouro é realizar contas para chegar em um Cap Table que não esteja diluído, sobretudo na parcela dos fundadores.
Por aportarem dinheiro nos gestores que encabeçam a empresa, esse fator não soa atrativo para possíveis investidores.
Tenha ajuda de especialistas no assunto
Por último, mas não menos importante, contar com uma equipe de especialistas é meio caminho andado para um bom Cap Table.
Profissionais na área vão te auxiliar a tomar as melhores decisões na hora de montar a sua tabela e identificar possíveis gargalos que podem prejudicar o andamento dos serviços.
Cap Table X Quadro Societário
Como vimos acima, embora o conceito seja simples, colocá-lo na prática pode ser um verdadeiro desafio, considerando os detalhes que o processo vai ganhando com o passar das rodadas de investimentos.
Em nosso país, esse fato mostra-se ainda mais presente. Afinal, por motivos de segurança jurídica, muitos empreendedores não entram de primeira no contrato social das LTDAs que estão financiando
Dessa forma, é normal que startups que estão crescendo contem com dois Cap Tables distintos: o primeiro com o quadro societário baseado no contrato social, registrando somente as cotas e ações dos sócio-fundadores.
Já o segundo é mais detalhado e completo, apresentando demonstrativos e métricas para o futuro, maturidade de contratos de vesting, conversão das notas em ações, etc.
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Ao decorrer do texto, mostramos o papel do Cap Table nos negócios. No entanto, ressaltamos aqui a importância de contar com o auxílio de um profissional qualificado de maneira que se evite possíveis furos na operação e, é claro, futuras dores de cabeça.
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